O Nissan Leaf abriu o caminho para a eletrificação não só no Brasil como no mundo. O hatch japonês foi o primeiro elétrico a ser vendido em larga escala no mundo e o primeiro a chegar no Brasil, no ano de 2019. Mas o tempo foi duro com ele e, devido ao avanço dos carros elétricos, ele ficou ultrapassado e está saindo de linha por aqui.
Desde fevereiro ele não está mais disponível no catálogo da Nissan no Brasil. Aliás, sua produção no Reino Unido foi encerrada e, em breve, as fábricas dos Estados Unidos e Japão também devem parar de produzir o Leaf.
Por aqui, o Leaf atingiu a marca de 1.000 unidades vendidas em fevereiro do ano passado. Isso até poderia ser um feito interessante, se a nova geração de elétricos não tivesse revolucionado o mercado nacional. O BYD Dolphin, por exemplo, conseguiu fazer o mesmo em apenas duas semanas de vendas.
Isso deve-se a dois fatores: tecnologia e, principalmente, o preço. O Leaf saiu de linha custando R$ 298.490. Ele era equipado com um motor elétrico de 150 cv e uma pequena bateria de 40 kWh que garantia 192 km de autonomia.
Vamos compará-lo com o BYD Yuan Plus, que atualmente custa R$ 229.800. Ele não só é quase R$ 70.000 mais barato, como também é mais potente, com motor elétrico dianteiro de 209 cv, e com uma autonomia muito maior, podendo rodar até 458 km (Inmetro) graças a sua bateria de 60 kWh.
Mas se ainda assim você quer ter um Nissan Leaf existe um jeito. Apesar de não estar disponível para venda direta, o elétrico pode ser adquirido pela plataforma de assinatura, Nissan Move.
Porém, não pense que apesar disso será barato. As mensalidades giram em torno dos R$ 7.500, podendo ultrapassar os R$ 17.000 dependendo do plano escolhido. O Nissan Move oferece contratos de 12 a 48 meses, com limite de quilometragem mensal que varia entre 500 km a 2.000 km.
O pacote já inclui assistência 24 horas, seguro, manutenção preventiva, revisões, IPVA, documentação, entre outras mordomias e ainda protege o “dono” da alta desvalorização do carro, que chegou a 44,9% no ano passado — a não ser que você opte por comprá-lo no final do contrato.