O Ford Capri está voltando ao mercado europeu, mas, desta vez, em forma de SUV cupê. Ao invés do antigo motor V6, o modelo será totalmente elétrico, graças à plataforma da MEB que a montadora americana “pegou emprestado” da Volkswagen.
Na década de 1960, o Capri foi lançado para ser a versão europeia do Mustang, na tentativa de reproduzir o mesmo sucesso que o muscle car fazia nos Estados Unidos. O novo SUV elétrico traz do clássico apenas alguns detalhes, que surgem quase como easter eggs.
Os DLRs, por exemplo, foram feitos para lembrar os quatro faróis circulares do Capri antigo. A janela traseira tem o mesmo formato oval, e os para-lamas recebem um vinco muito semelhante ao do modelo clássico.
Apesar disso, no geral, ele é uma versão cupê do SUV Explorer.
Na parte mecânica, a versão mais básica tem tração exclusivamente traseira, assim como o seu antepassado. O único motor elétrico entrega até 286 cv, podendo fazer o Capri ir de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos. Já a bateria tem 77 kWh, que garante até 627 km de autonomia.
A outra opção tem tração integral e um motor em cada eixo. Mais potente, a dupla entrega 340 cv e diminui o tempo 0 a 100 km/h para 5,3 segundos. Por outro lado, o desempenho compromete o alcance, caindo para 592 km, apesar de ter uma bateria de 79 kWh.
Por dentro, tudo é muito parecido com o Explorer. O painel minimalista tem poucos botões físicos, e o destaque é a grande tela vertical de 14,6 polegadas. Na base do volante, há uma decoração feita em metal, exatamente igual aos que os antigos Capri também tinham.
O Capri vem de fábrica com ar-condicionado dual-zone, assentos dianteiros com massageador, aquecedor e ajustes de 12 posições, retrovisores aquecidos e rebatíveis que projetam a imagem de um Capri no chão, entrada e partida sem chave, carregamento de telefone sem fio e Apple CarPlay e Android Auto sem fio.
Há ainda o pacote Premium, que acrescenta sistema de som Bang & Olufsen com dez alto-falantes e subwoofer, iluminação ambiente interna, faróis de LED matriciais, rodas de 20 polegadas e sistemas de auxílio à condução como head-up display, assistência ativa de estacionamento, mudança de faixa assistida e uma câmera de 360 graus.
O pacote está disponível como um opcional para a versão monomotor, mas reduz a autonomia em 32 km devido ao aumento do peso. Na variante AWD ele vem como padrão.
A Ford ainda não definiu os preços, mas especula-se que ele chegará primeiro ao Reino Unido custando cerca de 45.875 libras (cerca de R$ 321 mil) na versão com um motor ou 49.975 libras (cerca de R$ 349 mil) se o cliente optar pelo pacote Premium. Já o topo de linha pode ter preço inicial na casa das 53.975 libras (cerca de R$ 377 mil).