A zona norte da capital paulista recebe o projeto de uma cidade sustentável que prevê acomodar uma população estimada em 30 mil moradores e trabalhadores da região.
Realizado pela Construtora MRV, o empreendimento “Cidade Sete Sóis Pirituba”, com 1,7 milhão de m² de extensão, conta com investimento de R$ 2 bilhões, o que inclui as obras, a criação de infraestrutura, urbanização e melhorias para o entorno.
O complexo traz o conceito de cidade inteligente (smart city), em um bairro aberto, planejado para ser inclusivo, valorizando a integração com a natureza e promovendo senso de comunidade.
Para Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO, o Cidade Sete Sóis Pirituba representa um marco histórico no mercado imobiliário brasileiro por tornar acessível um projeto de alto padrão urbanístico.
“Sete Sóis é a concretização do sonho, um projeto acessível a uma ampla gama de pessoas que desejam viver em um ambiente que oferece inteligentes soluções em áreas verdes, lazer, segurança e senso de comunidade”, enfatiza Fischer.
O empreendimento irá gerar cerca de R$ 3 bilhões de VGV (Valor Geral de Vendas) e mais de 12 mil empregos diretos e indiretos, diz a MRV.
“Ao longo de dez anos, o projeto será dividido em seis fases, sendo a primeira com 11 lançamentos previstos até 2025, todos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida”, revelou.
Ronaldo Motta, diretor-executivo de Desenvolvimento Imobiliário da MRV&CO, explicou que o projeto é baseado em sete pilares, que deram origem ao nome, — Vida Verde, Segurança, Desenvolvimento Urbano, Mobilidade e Acessibilidade, Comodidades, Boa Vizinhança e Tecnologia.
“Ele foi desenvolvido por um time multidisciplinar de especialistas e tem toda sua infraestrutura pensada para proporcionar mais qualidade de vida e sustentabilidade, de forma acessível e democrática ao seu público e toda a região.”
Motta destacou ainda que o projeto paisagístico e urbanístico foi planejado e orientado em parceria com o ICLEI — organização internacional focada no desenvolvimento urbano sustentável, visando oferecer soluções baseadas na natureza.
“Tudo isso alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU. Ao todo, serão 750 mil m² de área verde, contemplando áreas de preservação, praças e um parque linear, que equivalem ao tamanho do Parque Villa-Lobos”, destaca Motta.
Dimensão
O diretor-executivo comercial da MRV&CO, Thiago Ely, disse que as 11 mil unidades previstas serão distribuídas nos 1,7 milhão de metros quadrados que compõem o terreno, visando acomodar uma população estimada em 30 mil moradores e trabalhadores da região.
Na primeira fase, Ely afirmou que estão previstos 11 lançamentos, sendo três ainda em 2023, cinco em 2024 e mais três para 2025, totalizando mais de 4 mil apartamentos.
No primeiro ano, os lançamentos integrarão 11 torres e sete lojas nas fachadas. Os empreendimentos oferecerão apartamentos de 34 a 45 metros quadrados.
“A MRV planeja que todos os lançamentos dessa etapa sejam enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida, com o objetivo de atender renda familiar a partir de R$ 3 mil.”
As unidades serão divididas em três níveis, com preços e plantas diferentes.
- O primeiro são apartamentos de cerca de 34 metros quadrados e o preço vai de R$ 230 mil a R$ 240 mil;
- O segundo são de unidades intermediarias, com aproximadamente 40 metros quadrados, com varanda e garagem. O preço médio dessas moradias são de R$ 260 mil.
- O terceiro modelo são mais sofisticados, com a metragem de 45 metros quadrados, com suíte, varanda, área de lazer e estacionamento. O valor é de, em média, R$ 330 mil.
“Como o projeto tem previsão de entrega de até 10 anos, seguiremos atentos às necessidades futuras do mercado imobiliário, com o objetivo de continuar oferecendo opções variadas de moradias que atendam diferentes estilos de vida dos nossos clientes”, afirma Ely.
Por que Pirituba
Fischer revelou que o espaço onde está sendo construída a cidade inteligente foi encontrado quase “por acaso”. Contou que a MRV levantou um empreendimento no bairro e os executivos notaram que a área tinha capacidade para um grande projeto.
“O terreno praticamente caiu no nosso colo. Quando vimos o espaço, já notamos a potencial para colocarmos um projeto agressivo no radar devido à localização, à área verde, acessibilidade, enfim, todos os quesitos para construirmos ali o maior desafio da construtora.”
A população do entorno poderá utilizar a estrutura do empreendimento, já que o projeto será entregue como um bairro aberto.
Ao longo da obra, a expectativa é de que mais de 12 mil moradores da região trabalhem no empreendimento, o que vai contribuir para movimentar a economia local e aumentar a arrecadação municipal.
“O que antes era uma área cercada e inacessível, será transformado em um espaço útil integrado à cidade. Também está alinhado com a criação de infraestrutura completa para facilitar o dia a dia dos moradores locais, estimulando a criação de novos negócios, fortalecendo o senso de comunidade”, explica Motta.
Outras cidades
Além da capital paulista, outras cidades também receberão projetos com o conceito de Smart Cidade da MRV, que terá o objetivo de expandir a oferta de moradias acessíveis em áreas inteiramente planejadas com alto padrão urbanístico e soluções inteligentes de moradia.
“Esse enfoque na inclusão e na abertura para a comunidade local é um marco importante no desenvolvimento urbano de São Paulo e na história da MRV. Além da capital de São Paulo, Salvador (BA) já conta com projeto da Smart Cidade Sete Sóis em andamento, e no Rio de Janeiro (RJ) e São José dos Campos têm previsão de lançamento em breve”, revela Ely.
Veja também – Brasil está na vanguarda no uso de fontes de energia renováveis, diz presidente da Shell à CNN