Reportagem publicada na 22ª edição da Revista Canal Solar. Clique aqui e baixe agora gratuitamente!
A energia solar e a eólica estão em plena expansão, e ganhando cada vez mais espaço na produção da energia elétrica brasileira. Como no resto do mundo, o Brasil está correndo contra o tempo em busca da transição energética, que proporcionará redução nas emissões de carbono, por meio de maior participação de fontes limpas e renováveis.
A maioria dos países do mundo possui a base de sua matriz energética em energias fósseis, como gás natural, petróleo, energia nuclear e carvão mineral. O Brasil, pelo contrário, possui 84,35% de sua matriz baseada em fontes renováveis, segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
De acordo com dados da Agência, atualmente, o País possui mais de 200 GW de potência centralizada, dos 84,35% que são de fontes renováveis, a participação de cada fonte é: hídrica 54,78%, eólica 14,84%, biomassa 8,34% e solar 6,38%. Já as fontes não renováveis contribuem com 15,65%, e são compostas por: gás natural 8,95%, petróleo e outros 3,99%, carvão mineral 1,73% e energia nuclear 0,99%.
Para otimizar todo esse potencial de energia limpa, o País precisa investir na infraestrutura da rede de energia elétrica. Os pontos que precisam de melhoramento sempre são apontados por estudos anuais com projeção de médio prazo, realizado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). No Sumário Executivo realizado no ano passado, os especialistas apontaram que a rede de transmissão e o armazenamento, são pontos-chave para a melhoria do sistema.
De olho nesse fator, o Brasil tem realizado leilões para otimizar a infraestrutura da Rede Básica, que é melhorada por meio de projetos voltados ao escoamento e transmissão de energia. Somando os anos de 2023 e 2024, os investimentos em rede de transmissão ultrapassam 60 bilhões, isso porque soma os leilões nº01/2023, realizado em junho de 2023 e o nº02/2023, realizado em dezembro do mesmo ano. Já o outro foi o nº01/2024, realizado em março.
De acordo com Dayron Urrego, diretor-executivo de Projetos da ISA CTEEP, o Brasil, como o mundo, está promovendo a transição energética. Assim, o país precisa de investimentos no setor.
“Além desse investimento, há a necessidade de reforços e melhorias no sistema já existente para garantir a segurança da transmissão”. O diretor ainda completa que o cenário movimenta toda a cadeia envolvida no tema, mercado de fornecedores, empreiteiras, e, consequentemente, a economia.