O Brasil registrou, no mês de fevereiro, um consumo de 73.467 MW médios – um crescimento de 5,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo prévia do Boletim InfoMercado Quinzenal da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
Segundo a pesquisa, o crescimento no período se deu devido às altas temperaturas que impulsionam o uso excessivo de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, e ainda pela boa performance de alguns ramos de atividade econômica, que produziram mais e consequentemente usaram mais eletricidade.
O total do consumo foi de 46.587 MW médios que foram fornecidos ao mercado regulado, que abastece as residências e pequenas empresas, um crescimento de 6,9% no comparativo anual.
O restante, 26.880 MW médios, foi utilizado pela indústria e empresas que compram sua energia no mercado livre, alta de 3.6%.
Consumo por ramo de atividade econômica
“Entre os 15 setores com consumo monitorado pela Câmara de Comercialização no mercado livre, em fevereiro e na comparação com o mesmo período do ano passado, as maiores taxas de crescimento foram observadas nos ramos de Bebidas (8,6%), Comércio (7,8%) e Madeira, Papel e Celulose (6,9%)”, afirmou a CCEE.
No comércio, destaca-se também a entrada de novos consumidores no ambiente livre e o uso mais intenso de equipamentos de refrigeração, especialmente nos segmentos de shoppings e hiper e supermercados.
Apenas três ramos tiveram declínio na demanda por energia: Telecomunicações (-2,7%), minerais não-metálicos (-0,3%) e o setor de fabricação de veículos (-0,1%).
Consumo por região
Segundo os dados da CCEE, a maioria dos estados conectados ao SIN (Sistema Interligado Nacional) tiveram um aumento no consumo durante o mês de fevereiro.
Na comparação anual, as maiores taxas foram registradas no Amazonas (28,4%), Acre (16,9%) e Mato Grosso do Sul (14,4%), conforme gráfico abaixo. Apenas a Bahia (-1%) e o Distrito Federal (-2,8%) tiveram queda no consumo, puxada por temperaturas mais amenas e um volume maior de chuva ante ao ano anterior.
Geração de energia
A produção das hidrelétricas cresceu 6% em janeiro, entregando ao SIN mais de 58 mil megawatts médios.
O período também foi positivo para as fazendas solares, que forneceram quase 3 mil MW médios para a rede, volume 41% maior no comparativo anual.
Em contrapartida, os parques eólicos recuaram 5,7%, mas ainda assim produziram um volume considerável de eletricidade: mais de 9 mil MW médios. Já as termelétricas geraram mais de 6,4 mil MW médios, aumento de 30,3%.