A orientação já é uma velha conhecida: antes de sair ao sol, passar protetor solar. Mas qual é o melhor para cada cada pessoa?
E de que maneira os componentes do produto, como o Fator de Proteção Solar (FPS), funcionam em cada indivíduo. Saiba a seguir.
O que é o FPS e como ele funciona
A sigla tão comum em rótulos de protetores solar indica o tempo adicional que a pele, após a aplicação do produto, pode ficar exposta ao sol sem se queimar se comparada à exposição sem ele. É importante reforçar que o uso do protetor não impede o bronzeamento da pele, permanecendo a recomendação do uso do produto por pessoas que desejam aproveitar o sol para tal objetivo.
Afinal, o maior objetivo do protetor não é bloquear o bronzeamento, mas evitar a formação de células cancerígenas. “O maior benefício do protetor é a prevenção do câncer de pele”, explica Daniel Cassiano, dermatologista e professor do Centro Universitário São Camilo.
FPS 30, 50, 70 ou 100? Qual escolher?
Atualmente, a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o uso de protetores com FPS mínimo de 30. “Com opções mais altas para pessoas sensíveis, com histórico de câncer de pele ou tratamentos dermatológicos”, adiciona Cassiano.
Isso significa que a escolha do fator de proteção solar para cada pessoa depende de condições de saúde prévias e familiares, tipo de pele (pessoas de pele mais clara usam FPS mais alto e as de pele mais escura, mais baixo), tempo e local de exposição ao sol.
Outros fatores importantes para avaliar
Não basta apenas escolher um FPS adequado. É essencial verificar se o protetor solar oferece:
- proteção UV-A: segundo Cassiano, a legislação orienta fator de proteção UV-A (FP-UVA) de pelo menos 1/3 do FPS;
- resistência à água: para quem pratica esportes ao ar livre, nada com frequência ou transpira muito, esse componente evita que a proteção se perca rapidamente;
- fotoestabilidade: embora não seja um requisito legal, ele garante que o protetor continue eficaz mesmo após longas exposições ao sol.
Pessoas negras também devem estar atentas a isso?
Segundo Cassiano, o risco de câncer de pele não depende apenas da ausência ou presença de melanina, mas de fatores como imunossupressão induzida pelo sol e capacidade de reparo do DNA.
“Enquanto a ciência ainda investiga esses aspectos, o uso de protetor solar é recomendado para todas as tonalidades de pele, tanto para a prevenção do câncer quanto para evitar hiperpigmentação pós-inflamatória e melasma, que são preocupações comuns em indivíduos de pele escura.”
Como usar o protetor solar
O primeiro passo ao usar o produto é ter um para o rosto e outro para o corpo. Isso é importante porque os filtros faciais costumam ser mais agradáveis à pele da região (com oleosidade e outras características que diferem do resto do corpo), além de muitos terem propriedades hidratantes, antioleosidade ou antioxidantes, aponta Cassiano.
Ao passar o protetor na pele (seja em creme, gel ou spray), é importante:
- espalhá-lo de forma homogênea em todas as partes do corpo e do rosto;
- garantir que a quantidade seja adequada para cada região;
- reaplicar o produto a cada 2 horas.
Como usar protetor solar corretamente? Dermatologista dá dicas




