O Brasil está entre os países com energia renovável mais barata do mundo, segundo novo relatório divulgado pela Agência Internacional para Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês). O documento, publicado em julho, mostra que 91% de todos os projetos de energia renovável instalados globalmente em 2024 geraram eletricidade a um custo mais baixo do que a fonte fóssil mais barata.
Os dados consolidados indicam que o custo médio nivelado da eletricidade (LCOE, na sigla em inglês) para novas usinas eólicas onshore no Brasil foi de US$ 0,030 por kWh em 2024, abaixo da média global de US$ 0,034. No caso da energia solar fotovoltaica, o custo médio brasileiro foi de US$ 0,036 por kWh, enquanto a média mundial ficou em US$ 0,049.
O relatório destaca que o país mantém custos consistentemente baixos há mais de uma década, reflexo de leilões competitivos, recursos naturais abundantes e crescimento da capacidade instalada. Além disso, o documento ressalta que projetos no Brasil frequentemente figuram entre os mais econômicos do mundo, ao lado de países como China, Índia, Emirados Árabes Unidos e Chile.
Globalmente, os investimentos em fontes renováveis resultaram em uma economia estimada de US$ 467 bilhões em custos com combustíveis fósseis apenas no ano de 2024. Esse desempenho deve ser um dos principais argumentos levados à COP30, conferência do clima da ONU que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.
A expectativa é que países em desenvolvimento, como o Brasil, usem esses dados para reforçar pedidos por mais financiamento internacional. A combinação de baixo custo, alta eficiência e potencial de expansão é vista por analistas como uma das principais credenciais brasileiras para ocupar papel de liderança nas negociações multilaterais sobre transição energética.
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