Baterias de iões de oxigénio – Mais baratas e sem utilização de materiais raros
Uma equipa de investigadores desenvolveu uma bateria de iões de oxigénio que, além de ser mais durável, não utiliza metais raros, não tem risco de incêndio e é mais barata que as baterias de lítio.
Nova bateria de iões de oxigénio promete regenerar-se através do ar e tornar-se mais duradoura
Três investigadores Alexander Schmid, Martin Krammer e Jurgen Fleig, da Universidade Técnica de Viena, desenvolveram um novo tipo de bateria que mostra grande potencial para o futuro das energias renováveis.
Partindo com base nas pilhas de combustível de óxido sólido e de materiais cerâmicos, a equipa desenvolveu uma nova bateria de iões de oxigénio.
De forma resumida, são usados óxidos como condutores mistos capazes de absorver e libertar iões de oxigênio (O2-) com carga duplamente negativa.
Quando uma tensão elétrica é aplicada, o O2– migra de um material cerâmico para outro, podendo retornar, gerando assim uma corrente elétrica.
O princípio desta bateria é, na verdade, muito próximo ao das baterias de iões de lítio, com a vantagem da utilização da cerâmica na sua constituição que não é inflamável, não obriga à utilização de metais raros e apresenta uma durabilidade muito maior que as atuais baterias.
Baterias de iões de oxigénio não poderão ser utilizadas em carros elétricos
Embora este tipo de baterias apresente imensas vantagens quando comparada às de lítio, a verdade é que a sua aplicação é mais limitada.
Como a densidade de iões de oxigénio é inferior e obriga a operar a temperaturas entre 200 e 400 ºC, elimina a possibilidade de ser utilizado em carros elétricos e outros tipos de equipamentos móveis.
No entanto, é bastante útil para ser utilizado em rede, podendo servir para armazenar energia solar ou eólica em edifícios. Embora tenha de ocupar mais espaço, o seu tempo de vida é também amplamente maior, permitindo ao utilizador tirar proveito mais tempo do armazenamento de energia.
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