Painéis solares fotovoltaicos devastados por tornado
A central solar Lake Placid Solar Power Plant, pertencente à Duke Energy, foi severamente atingida por um tornado de categoria EF-2 durante o Furacão Milton, arrancando painéis solares fotovoltaicos de seus suportes. Apesar dos danos, grande parte da instalação permaneceu intacta, segundo a empresa.
Parque solar atingido por tornado EF-2 na Florida
Um tornado devastou parte de uma central solar no centro da Florida, conforme mostram imagens divulgadas pela Duke Energy. As imagens revelam a destruição de diversos painéis solares, arrancados dos seus sistemas de rastreadores de eixo único, deixando uma faixa de destruição na instalação.
De acordo com relatórios meteorológicos locais, o tornado foi classificado como EF-2, com ventos que variaram entre 179 km/h e 217 km/h. O fenómeno ocorreu antes do furacão Milton atingir a terra, causando também danos em 20 a 30 residências da área, segundo o departamento do xerife do condado.
A instalação solar foi inicialmente desenvolvida pela EDF Renewables antes de ser vendida à Duke Energy, que concluiu o desenvolvimento e construção em 2019. A central solar tem uma capacidade de ligação à rede de 45 MW, suportada por 63,2 MW de painéis solares. Em 2022, foi adicionada uma bateria de iões de lítio de 18 MW ao local.
Impacto e danos na Central Solar Fotovoltaica
Num vídeo divulgado pela Duke Energy, é possível ver o trajeto do tornado a atravessar a instalação, embora a direção exata da tempestade seja incerta. Os danos concentraram-se na parte mais a oeste da central, com a maior parte das instalações permanecendo intactas e, possivelmente, ainda em operação.
O percurso do tornado estendeu-se principalmente de norte para sul, alargando-se no início e dissipando-se à medida que avançava para o sul.
Durante o furacão Milton, a Flórida emitiu pelo menos 126 avisos de tornados, de acordo com a Duke Energy.
Resiliência estrutural e custos de construção
Segundo documentos de 2019, o custo de construção da central solar foi de cerca de 60,6 milhões de dólares. Desde o furacão Andrew em 1992, a Flórida tem fortalecido continuamente os seus códigos de construção, com foco em resistir a ventos de alta intensidade. Uma das principais mudanças foi o aumento dos requisitos de resistência ao vento para novas construções, incluindo instalações solares. A central, localizada no condado de Highland, teria sido projetada para suportar ventos de até 241 km/h.
Além disso, o Laboratório Nacional de Energias Renováveis do Departamento de Energia dos EUA publicou um relatório com orientações sobre como reforçar as centrais solares contra ventos fortes. O documento, intitulado Solar Photovoltaics in Severe Weather: Cost Considerations for Storm Hardening PV Systems for Resilience, oferece 13 estratégias para melhorar a resistência das instalações a ventos mais intensos, detalhando os custos associados a essas melhorias.
Sistemas rastreadores de Eixo Único: Menor Resistência
Os rastreadores de eixo único, como os usados na central solar de Lake Placid, tendem a proporcionar menos robustez na sustentação dos painéis solares em comparação com sistemas de montagem fixa.
Essa vulnerabilidade pode ter contribuído para a extensão dos danos causados pelo tornado, sublinhando a necessidade de melhorias no design e na construção de centrais solares em regiões propensas a condições climáticas extremas.
Conclusão: Oportunidades para reforço na infraestrutura solar
O impacto deste tornado destaca a importância de continuar a reforçar as infraestruturas de energia solar em zonas com alta incidência de fenómenos meteorológicos extremos.
Embora a central solar fotovoltaica tenha permanecido parcialmente operacional, os danos reforçam a necessidade de melhorias no design estrutural das instalações solares para resistirem a eventos climáticos severos, garantindo maior resiliência e sustentabilidade.
Vídeo de drone que evidencia a dramática destruição do parque solar