O Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), que representa cerca de 85% das empresas do setor mineral no país, lançou um documento com cinco compromissos de sustentabilidade que devem nortear a atuação das mineradoras brasileiras até 2030.
A divulgação ocorre semanas antes da COP30, que será realizada em Belém (PA), e busca alinhar o setor à agenda climática global e às metas de transição energética.
O setor também vê a COP30 como uma oportunidade de “vitrine” para os minerais críticos e estratégicos do Brasil, considerados essenciais para a transição energética.
As mineradoras enxergam o evento como uma chance de atrair investimentos e fortalecer a imagem do país como fornecedor confiável de insumos para a economia verde.
Entre os compromissos, está a ampliação em 15% da participação de fontes renováveis na matriz energética da mineração, reforçando a meta de uma produção de baixo carbono.
O plano também prevê aumento de 10% no ganho líquido em biodiversidade, por meio do equilíbrio entre áreas protegidas e áreas impactadas pelas operações, além da redução de 10% no uso de água nova na atividade mineral até o fim da década.
Outro ponto é o fomento à elaboração de 25 planos municipais de adaptação climática em territórios com presença de mineração.
Já no eixo de descarbonização, o Ibram propõe reduzir emissões diretas das mineradoras, contribuir para a redução de emissões ao longo da cadeia global do minério de ferro e viabilizar soluções para a transição energética por meio da produção de minerais críticos e estratégicos.
Segundo o documento, há uma “relação indissociável entre clima, energia e mineração”.
O texto destaca que a transição energética depende da ampliação das fontes renováveis, produzidas com minerais críticos de alta qualidade, como lítio, cobre e níquel.
*O repórter viajou a convite do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração)
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