O TOP 10 de fabricantes de painéis solares continua a ser dominado pela China, com o país a consolidar-se como líder indiscutível na produção e fornecimento de módulos fotovoltaicos.

O ano de 2024 destacou-se como mais um marco, com fabricantes chineses a ocupar todas as posições no ranking dos dez maiores fornecedores globais.

Crescimento impulsionado por custos reduzidos e inovação tecnológica

A redução de custos e os avanços tecnológicos permitiram que o preço médio dos módulos fotovoltaicos descesse para menos de 10 cêntimos de dólar por watt.

Esta queda no preço, longe de ser uma ameaça, foi equilibrada pela eficiência na produção e pela implementação de tecnologias avançadas, como módulos com eficiência celular de 29%, que estão cada vez mais perto da produção em larga escala.

Os fabricantes chineses, como JinkoSolar, Trina Solar e JA Solar, concentraram esforços em reduzir custos de produção para níveis abaixo de 460 RMB (61 euros) por módulo de 740 Wp, reforçando a competitividade no mercado global.

Este modelo de negócio baseado na moeda chinesa tem dificultado a concorrência de empresas de outras regiões, especialmente sem incentivos governamentais robustos ou medidas de restrição à importação.

Ranking dos dez maiores fornecedores de módulos fotovoltaicos

Pelo segundo ano consecutivo, o ranking dos dez maiores fornecedores globais foi composto exclusivamente por empresas chinesas. Estes dez fabricantes enviaram mais de 500 GW de módulos em 2024, um número impressionante que reflete a escala e a eficiência da indústria na China.

A JinkoSolar manteve-se no topo, consolidando a sua posição como líder de mercado nos últimos anos. Trina Solar e JA Solar disputaram de perto o segundo lugar, enquanto outras empresas como DAS Solar, GCL SI e Risen completaram o ranking.

Os desafios da concorrência internacional

A liderança chinesa baseia-se numa combinação de inovação tecnológica, produção em larga escala e controle sobre a cadeia de fornecimento. Este modelo não só reduz custos, como também acelera a implementação de novas tecnologias no mercado.

Fora da China, poucas empresas têm conseguido competir. Fabricantes na Índia e nos Estados Unidos, como a First Solar, permanecem relevantes, mas enfrentam desafios significativos para igualar a escala e o custo da produção chinesa.

O papel de empresas emergentes na cadeia de valor

Além dos grandes fabricantes, há um grupo de cerca de 20 a 30 empresas chinesas que desempenha um papel crítico na evolução do setor. Estas empresas, muitas vezes pouco conhecidas fora da China, são responsáveis por avanços em materiais, equipamentos e tecnologias que alimentam os módulos vendidos globalmente.

Com um foco crescente em rastreabilidade e sustentabilidade, estas empresas têm ganhado destaque entre compradores corporativos que buscam cadeias de fornecimento mais transparentes.

Perspetivas para o setor fotovoltaico em 2025

A expectativa para 2025 é de que a China continue a liderar o mercado global, impulsionada por inovações tecnológicas e estratégias de redução de custos.

O acompanhamento das decisões operacionais destas empresas será essencial para prever os rumos do setor nos próximos anos, especialmente num mercado cada vez mais competitivo e focado em eficiência energética.

Infelizmente para a Europa a China detém por completo o monopólio da produção e fornecimento de painéis solares a nível global. Qual a sua opinião, a Europa ainda está a tempo de alterar esta realidade?

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