Ao menos US$ 10 trilhões deverão ser investidos em seguradoras até 2030 para financiar a descarbonização de setores de mobilidade, energia e construção até 2030, segundo um relatório produzido pela corretora de seguros Howden e o BCG (Boston Consulting Group).
Conforme o levantamento, o esforço para zerar a emissão de gases poluentes demandará US$ 19 trilhões até o fim da próxima década.
O relatório aponta ainda que os seguros especializados em riscos físicos e de proteção às catástrofes naturais devem aumentar em 50% até 2030, chegando a cerca de US$ 250 bilhões globalmente.
O aumento tem em vista as perdas materiais em decorrência de eventos climáticos, o crescimento acelerado de exposições ao risco e a transferência de obrigações públicas para mercados privados.
Nos últimos cinco anos, seguradoras viram perdas em decorrência de catástrofes naturais excederem US$ 100 bilhões anualmente. O valor é o mais alto já registrado.
Os autores do relatório argumentam que “para evitar a disrupção generalizada do mercado, é necessário que os negócios e as seguradoras construam parcerias a longo prazo”.
Este seria o caminho, segundo eles, para a conquista de uma boa transição “net zero”, que é quando a emissão de gases de efeito estufa é equilibrada pela remoção dela da atmosfera com métodos de captura de carbono.