Muscle cars sempre foram sinônimos de grandeza, potência e motores V8 poluidores, o que não combina muito com os dias atuais. A Dodge já eletrificou o Charger, e a Chevrolet pretende lançar um Camaro elétrico em um futuro espaço. Seria esse o fim dos muscle cars? Se depender da Ford, não.

Em entrevista ao site Autocar, Jim Farley, CEO da marca, declarou que “a Ford nunca fará um Mustang que não seja um Mustang”. Isso, praticamente, acaba com a ideia de termos um verdadeiro Mustang movido a baterias e motores elétricos. É verdade que o nome já é usado em um modelo elétrico, porém o Mach-E é um SUV, bem diferente do muscle car que mantém uma tradição de 60 anos.

A decisão não é exclusiva de Farley. Na verdade, vem de alguém superior ao próprio CEO. Segundo com o empresário, mesmo que alguém dentro da empresa quisesse transformar o Mustang em um carro elétrico, não teria a aprovação de Bill Ford, bisneto de Henry Ford, e que atualmente ocupa o cargo de presidente-executivo da marca.

“Ele é dono do Mustang 1964½ que acompanhou Jim Clark no início das 500 Milhas de Indianápolis de 1964; ele era uma criança sentada no banco de trás com o pai dirigindo. Se eu lhe dissesse que estávamos buscando um Mustang cupê totalmente elétrico, ele me diria que estava buscando um novo CEO”, disse.

No entanto, em 2035, boa parte dos países vão aderir à política de emissões zero, que pode frustrar os planos de Farley. Para a ele, a saída não precisa ser exatamente a eletrificação e ainda diz que está aberto para formas alternativas, como os combustíveis sintéticos.

“Sempre que alguém começa a me dizer que conhece o futuro, ouço uma campainha de alerta na minha cabeça. Não há certezas em nosso setor. Já ouvi isso milhares de vezes: todo carro vai virar elétrico, todo carro vai virar hidrogênio, todo carro vai virar diesel. Houve muitos becos sem saída”.

Ford Mustang Gtd 2025 Azul
Ford Mustang GTD é versão derivada das pistas com mais de 800 cv e valor de US$ 300 mil / Divulgação/Ford

Os combustíveis sintéticos, também chamados de E-Fuel, são feitos a partir de gás hidrogênio e dióxido de carbono em um processo que não utiliza petróleo.

Eles são tidos como a principal forma de manter os veículos à combustão vivos, já que ele é feito a partir de fontes renováveis e emite menos gases poluentes depois da queima, sendo neutro em emissões de carbono.

Para o futuro, o plano de Farley envolve a eletrificação, mas de outros carros, tudo isso para manter o Mustang do jeito que ele foi criado para ser: à combustão e com um potente motor V8 sob o capô.

“A maioria dos nossos padrões de emissões reduzidas são alcançados pelas frotas, por isso acredito que ainda podemos vender alguns carros especiais se o negócio de frotas for forte.”

Sobre o futuro dos muscles cars, o executivo garante que tem muitas novidades por vir. Farley conta que existe um projeto para expandir a linha e o recém-lançado Mustang GTD foi só o primeiro passo.

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