A Ecom Energia é uma das principais comercializadoras de energia do Brasil, com mais de 100 milhões de MWh negociados. Recentemente, a empresa realizou um investimento de R$ 16 milhões no projeto Santa Rita, empreendimento composto por três usinas fotovoltaicas, que juntas possuem 3,8 MWp de potência instalada.
A Ecom estreia no segmento de geração distribuída apostando na modalidade de energia solar por assinatura, com foco em clientes no estado de São Paulo. Em entrevista ao Canal Solar, a empresa sinalizou que pretende seguir investindo nesse mercado.
“Já temos mais uma usina em construção no estado de São Paulo e posso garantir que estamos planejando movimentações importantes para o futuro do mercado de geração distribuída. Não posso dar detalhes no momento, mas devemos divulgar em breve”, disse Felipe Sapucahy, COO e diretor Comercial da Ecom.
Sapucahy contou que os clientes ainda têm muitas dúvidas sobre como funciona o sistema de compensação de energia, como fica a relação com a distribuidora, além do receio de ficar sem luz.
“Muitos acreditam que somos nós que também fazemos a parte da entrega da energia, então precisamos explicar com mais detalhes como funciona a relação de geração distribuída e a distribuição em si, ou seja, como a energia chega até ele. Além disso, é preciso garantir que o consumidor entenda o fato do pagamento ser dividido entre duas faturas depois de contratar a solução e, desta forma, reforçar que nas eventuais falhas na energia, ele ainda deve recorrer à sua distribuidora”, explicou o executivo.
O perfil dos clientes, em grande maioria, são pequenos comércios conectados na baixa tensão com contas acima de R$ 500,00 mensais. “Porém, também pode ser uma alternativa interessante para a categoria residencial. Para casas que consomem a partir de R$ 250,00, por exemplo, já é possível oferecer um desconto relevante na fatura. De qualquer forma, todos os nossos clientes recebem uma proposta individualizada de acordo com o perfil de consumo”, disse Sapucahy.
Perguntamos como a empresa enxerga a atuação do TCU (Tribunal de Contas da União), que recentemente questionou a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre uma possível comercialização de energia por parte de agentes que atuam com energia solar por assinatura, prática que não é permitida pelas regras da geração distribuída.
“Temos um setor específico para discutir e adequar questões de regulação dentro da Ecom. Estamos sempre atentos aos parâmetros necessários para que tudo seja feito estritamente dentro das conformidades que o setor requer. Nosso posicionamento é o de sempre agir de maneira correta para a organização, para o consumidor e também para impulsionar a economia verde”, disse Sapucahy.
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